Rituais fúnebres das diversas religiões: Veja aqui quais são!
As religiões possuem visões distintas a respeito da morte . Devido a isso, existem algumas que não acreditam no fim da vida . Logo, pregam que o falecimento de alguém seria uma espécie de continuidade. Em contrapartida, existem também aquelas que percebem a morte como o encerramento de um ciclo e o fim daquela existência.
Devido a esses diferentes modos de perceber um mesmo acontecimento, cada religião possui os seus próprios rituais fúnebres. Em linhas gerais, esses ritos podem ser descritos como a forma de se despedir dos mortos.
No Brasil, os mais populares são o velório e o sepultamento , práticas que se fazem presentes em quase todas as principais religiões do mundo . Entretanto, em alguns cenários eles são abolidos para acomodar melhor as crenças do falecido.
Assim, o presente artigo abordará como acontecem os ritos fúnebres em algumas das religiões com mais adeptos. Continue a leitura para saber mais sobre isso.
Cristianismo

O catolicismo é uma das religiões mais presentes no Brasil . Portanto, os seus rituais são os mais conhecidos no país, como o velório e o enterro . De acordo com as tradições da religião, o último é realizado em um prazo de até 24h após o falecimento.
É possível afirmar que, em geral, os velórios contam com a presença de incensos , que representam a veneração. Além disso, essas ocasiões também são marcadas pela água, que funcionam como uma forma de rememorar o batismo. Por fim, as velas também são frequentes nos velórios enquanto um simbolismo da vida, que se queima.
Além disso, durante essas ocasiões os amigos e os familiares do falecido se unem para fazer orações de forma conjunta para que o seu ente querido encontre a paz no plano superior, que a religião em questão chama de Céu.
Outros pontos bastante comuns ao catolicismo são a vivência do luto, uma vez que a igreja acredita na importância de sentir a tristeza de forma plena. Também merece destaque o uso de roupas pretas para simbolizar a perda de alguém importante.
Judaísmo

A visão do judaísmo sobre a morte é bastante diferente da visão católica. Nesse sentido, essa religião pode ser vista como uma espécie de democracia que atinge a todas as pessoas de forma igualitária. Além disso, a morte não é encarada como uma tragédia, mas sim como um processo natural e parte de um plano divino.
Assim, o corpo das pessoas é enviado a uma pessoa especializada da comunidade judaica. O objetivo é fazer com que ele siga para o plano superior da mesma forma como veio ao mundo: purificado. Portanto, são feitos alguns rituais nesse sentido antes do sepultamento.
Além disso, vale ressaltar que os mortos do judaísmo são vestidos com uma túnica branca e, então, o velório acontece. Nessa religião ele tem o nome de shivá, tem duração de sete dias e acontece na casa de quem faleceu.
Durante esse período os familiares próximos se fazem presentes e o período tem como objetivo curar o luto. Devido a essas características, consiste em uma experiência que prima pela solidão e pela reconexão com a alma da pessoa que partiu.
Por fim, outro ponto que se destaca com relação ao shivá é o fato de que toda a comunidade judaica próxima à pessoa que faleceu tem a obrigação moral de comparecer à casa da família para oferecer conforto e palavras positivas sobre aquele que partiu.
Candomblé

A versão do candomblé presente no Brasil passou por algumas adaptações em relação à sua matriz africana. Entre elas, é possível destacar a visão da morte, que não é encarada como o fim de alguma coisa pela religião em questão.
Dessa forma, é possível afirmar que os candomblecistas percebem a morte como a continuidade de um ciclo. Portanto, ainda que o corpo material deixe de existir, ele se torna um espírito. Os rituais fúnebres acompanham essa lógica e são feitos de forma inversa ao momento em que alguém se torna adepto do Candomblé.
De encontro ao que foi destacado, é possível ressaltar que quando a pessoa morre é realizado o Axexê . Primeiramente, o corpo é preparado para assegurar a libertação do espírito e essa etapa é realizada na casa do pai ou da mãe de santo responsável pelo terreiro.
Então, uma vez que matéria e espírito se desconectam, o corpo é liberado para o velório, no qual acontecem os cânticos. Essas músicas funcionam como uma forma de convidar os ancestrais para receber o novo espírito (chamado de Egum). Uma vez que essa etapa é concluída, o corpo (Ará) é liberado para ser sepultado.
Posteriormente, quando o falecimento completa um ano, o Candomblé celebra uma nova cerimônia, que acontece novamente no aniversário de três e de sete anos da morte.
Hinduísmo

Entre os ensinamentos do Hinduísmo é possível destacar a ideia de que um corpo é constituído por cinco elementos: éter, fogo, água, ar e terra. Então, o seu falecimento acontece quando um desses elementos se apaga.
Assim, Agni, o Deus do fogo, surge para purificar o cadáver e libertar a alma para que ela possa seguir o seu caminho. Vale ressaltar que os hindus não têm o hábito de sepultar o corpo dos seus mortos, mas antes preferem cremá-los.
O motivo para isso está ligado ao fato de que o Hinduísmo crê que caso o corpo não seja queimado, o espírito poderá reencarnar novamente, o que seria negativo na visão dessa religião. Porém, antes que esse estágio aconteça, existem uma série de preparações que precisam ser devidamente executadas.
De encontro a isso, vale ressaltar que um dos rituais se refere à preparação do corpo, que chega a durar duas horas. Nele, o corpo é lavado várias vezes com baldes de água e alguns pós coloridos são jogados sobre ele.
Além disso, o ritual também conta com água de como e deve ser executado pela filha de quem faleceu. Ela, por sua vez, recebe a ajuda das anciãs da religião.
Budismo

Os rituais fúnebres presentes no Budismo são inspirados nos familiares daqueles que faleceram. Além disso, eles se pautam na esperança e no foco em conseguir conquistar a felicidade suprema, que também pode ser descrita como o mesmo estado de iluminação que Buda alcançou.
Durante as suas vidas, os adeptos da religião se esforçam para treinar a mente e deixá-la mais tranquila quanto à iminência da morte. Para essa religião, através dessas práticas será possível ter uma reencarnação mais próspera.
Assim, o ciclo entre morrer e renascer, na visão budista, precisa ser marcado por muita paz. Uma associação frequente da religião em questão é que as pessoas vão dormir, sonham e, posteriormente, despertam.
Logo, todos os rituais fúnebres do Budismo são marcados pela ideia de equilíbrio. Os familiares daquele que faleceu, são devidamente amparados e devem evitar o choro para que quem partiu consiga reencarnar em paz.
Devido aos fatos destacados, os rituais dessa religião têm um caráter muito mais de celebração à vida do que despedida.
Islamismo

Na visão do Islamismo, o luto é um momento que demanda calma e equilíbrio. Devido a isso, é muito incomum ver pessoas chorando durante velórios, que são ocasiões muito controladas para essa religião.
Isso é respaldado por uma fala do profeta Muhammad. De acordo com ele, quando alguém sofre, os mortos se lamentam. Então, como nada tem o poder de modificar a morte, a obrigação de quem permanece vivo é tratar a ocasião com dignidade, aceitando a vontade de Deus.
É possível afirmar que a preparação do corpo nessa religião é feita pelos parentes de quem partiu. Em geral, eles precisam ser do mesmo sexo do morto e o cônjuge tem a permissão de participar. São dados três banhos no falecido com o objetivo de retirar as impurezas.
Posteriormente, o corpo é enrolado em um pano branco e é coberto até o rosto. Quanto ao sepultamento, vale ressaltar que ele acontece em contato direto com a terra, ou seja, sem o uso de um caixão. Além disso, essa etapa deve acontecer o mais rápido possível.
Espiritismo

Os adeptos do espiritismo não acreditam na morte. Assim, o corpo físico seria somente um receptáculo para o espírito e funcionaria somente como uma forma para que ele se aprimorasse durante as suas reencarnações.
Devido a isso, a matéria é encarada somente como um meio para a realização de um fim. Então, embora os espíritas velem os seus mortos e os enterrem exatamente da mesma forma que outras religiões, os seus ritos precisam ser marcados pela calma.
O motivo para isso está ligado ao fato de que o desespero pode acabar fazendo com que o espírito de quem faleceu tente continuar por perto ao invés de seguir o seu curso rumo a uma nova encarnação.
Caso a família do falecido opte por uma cremação, a religião pede que se espere o prazo de 72h para a realização. Entretanto, o sepultamento pode ser realizado no mesmo dia de acordo com a visão espírita.
Conclusão
É possível afirmar que existem diversas formas de se despedir dos mortos. Além disso, existem visões distintas e que fazem igual sentido sobre a forma de encarar um acontecimento tão doloroso.
De encontro a isso, vale ressaltar que o objetivo das religiões é exatamente trazer alento para os seus fiéis diante de coisas que não podem ser explicadas pela ciência ou mesmo racionalizadas de maneira eficaz.
Então, ainda que um rito soe distante da realidade que se vive, ele sempre deve ser respeitado. A morte por si só é um evento de alta complexidade e, portanto, é um gesto de empatia deixar que cada um lide com ela da forma que lhe trouxer mais conforto.
Caso você esteja interessado em saber mais a respeito de ritos fúnebres ou se informar sobre planos funerários , visite o site da Facilita Seguros.