Dor da perda de ente querido: Tudo que você precisa saber!
Quando falamos sobre a dor da perda de um ente querido, estamos nos referindo à dor de perder alguém muito importânte. A dor da perda também é chamada de luto.
Perder um ente que amamos como um pai, uma mãe ou um filho é considerado um dos maiores medos de grande parte das pessoas.
Apesar de a morte ser uma experiência universal, em que todo ser humano irá enfrentar a situação, mesmo assim, ainda não estamos preparados para lidar com a falta de alguém que tanto amamos.
O que sabemos sobre a dor da perda?

Flávia Sayeg, psicóloga da ABRALE afirma que “o luto é um processo normal e natural, resultante da formação e dos rompimentos de vínculos afetivos, e que ocorre o tempo todo na vida de um indivíduo. Faz parte do desenvolvimento humano e, apesar de ser uma experiência universal, é experimental e vivido de forma muito particular e subjetiva”.
Elisabeth Kübler-Ross é uma psiquiatra e estudiosa renomada sobre o tema. Sua obra “Sobre a morte e o morrer” apresenta os cinco estágios do luto: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação.
A primeira fase, conforme o nome indica, enfatiza o ato da negação da morte. No estágio da raiva, o indivíduo enlutado começa a sentir raiva de tudo e de todos e até mesmo procurar culpados pelo fato.
A etapa da negociação, também conhecida como estágio da barganha, onde o enlutado tenta negociar com Deus a fim de evitar novas perdas. Aqui, o que mais se quer é que a vida retorne como era antes do ocorrido.
No estágio da depressão é comum sentir uma tristeza muito profunda e uma angústia muito grande, é o momento em que dizemos que a “ficha cai”, em que a pessoa realmente se dá conta do que acontece de fato.
Por fim, temos a fase da aceitação, em que o enlutado começa a superar a morte e a dor da perda começa a ser amenizada.
É importante lembrar que a dor da perda é individual, por isso, nem todas as pessoas passam por esses cinco estágios completos, nessa ordem. É mais comum observar os cinco estágios completos em crianças.
Como amenizar a dor da perda de ente querido ?

Apesar de não ser um processo fácil, é necessário procurar amenizar a dor da perda de ente querido. Após o impacto da morte e do funeral, é preciso e necessário buscar a superação da dor para seguir em frente.
É preciso buscar compreender e entender a situação, afinal a morte é inevitável, então não se deve carregar nenhum sentimento de culpa ou de responsabilidade pelo luto.
Na primeira fase do luto, é muito comum as pessoas sentirem um sentimento de culpa. Entretanto, se este sentimento se estender e for muito angustiante, pode ser a “síndrome do sobrevivente”. E neste caso, é recomendado procurar ajuda profissional para superar a perda.
Após os dias de luto, voltar a rotina é outro fator importante que ajudará a amenizar a dor da perda. Voltar, assim que possível, a fazer tudo que fazia, como a rotina diária em casa, ao trabalho ou estudo, e também saídas de lazer com amigos.
Afinal, é importante também dar atenção às pessoas que ficaram ao seu redor. Elas, assim como você, também podem estar sofrendo, então busquem conforto mútuo.
Porque sofremos tanto quando perdemos um ente querido?

Aprendemos desde cedo o ciclo da vida: nascer, crescer, envelhecer e morrer. A morte faz parte deste ciclo e é um processo inevitável. Apesar disso, nossa sociedade não é treinada nem ensinada para enfrentar a perda de um ente querido, por isso sofremos tanto quando isso acontece.
Muitas pessoas querem ajudar neste momento, mas como normalmente não fomos preparados para isso, não sabemos como agir nem o que falar. Muitas vezes, algumas pessoas optam por não fazer nada para ajudar o enlutado porque realmente não sabem o que fazer, ou teme piorar a situação.
Enfrentar a perda de alguém que amamos é um momento extremamente doloroso e delicado, difícil de explicar com palavras, afinal é um turbilhão de sentimentos que invadem no momento.
Mesmo assim, é importante que membros da família enlutada se unam para enfrentar este momento, apoiando-se uns aos outros. O sofrimento pode se tornar mais leve se existir união e amparo de familiares e amigos, como se houvesse uma divisão deste peso, nesta hora tão difícil.
Perdem quem amamos, saber que não veremos mais a pessoa, nem conversaremos mais ou sentiremos ela por perto, podendo abraçar ou beijar é o que faz com que soframos tanto neste momento.
O fato é que nossa cultura não é preparada para este processo tão delicado mas inevitável na vida. Há outras culturas em que a morte não é um tabu, como no México, onde o tema é vivenciado de uma forma bastante diferente da nossa cultura. Lá, desde crianças, as pessoas refletem sobre este conhecimento tão triste para nós: a morte.
Quanto tempo dura o luto de uma perda?

Será que é possível determinar um prazo de validade aceitável para este período? Estudos indicam que o período de luto dura em média 3 meses a um ano, podendo se estender até mesmo a 2 anos.
Entretanto, é necessário atentar-se a este período para que não se torne um luto patológico, onde o enlutado vive triste e se culpando, infeliz e angustiado. Neste caso, é perigoso transformar-se em depressão e é necessário uma ajuda profissional.
Mesmo nos cinco estágios do luto não é possível dizer quanto dura cada um deles, por isso é algo muito subjetivo para cada pessoa. Então é necessário ter cuidado ao quantificar esse tempo.
Uma pessoa que fique em luto por mais tempo não quer dizer que ame mais ou menos do que quem ficou em luto por menos tempo. Não é relacionado o tempo ao amor ou carinho pelo ente querido. Este é um campo de emoções bastante individuais.
Como superar a dor de uma perda?

A dor da perda é uma dor muito grande, insuportável, mas ela também é transitória, é uma dor que irá passar. Há algumas alternativas que ajudam a superar essa dor. Uma das alternativas é cuidar de sua saúde, pois, apesar de ser uma dor emocional, existem sintomas físicos também.
Uma pesquisa realizada pela UCLA, concluiu que a dor emocional é processada pela mesma parte do cérebro que processa a dor física. Por isso, dores no peito, é um sintoma comum na fase de luto. Entretanto, é recomendado consultar um médico, já que o estado emocional abalado causa uma baixa imunidade.
É importante também não procurar fugir desse processo, é através da vivência dessa experiência que as pessoas que ficaram poderão reconstruir e reorganizar suas vidas. Então, viver as fases do luto é desenvolvimento essencial para o ser humano.
Não se culpe pela morte, é inevitável que você volte a viver sua vida, é até mesmo necessário, você vai dar ainda mais valor a vida, quando tudo passar. É preciso reaprender a viver sem a pessoa querida, e certamente essa pessoa gostaria de te ver sorrir novamente.
Lembre-se dos bons momentos que você viveu com a pessoa

Lembrar-se dos bons momentos que viveu com a pessoa que se foi é uma alternativa para superar essa perda. Ao invés de lamentar-se por ela ter ido, experimente agradecer por passar algum tempo ao lado dela, por ter a conhecido e a amado. Troque o sentimento de lamento por gratidão.
Reveja fotos e vídeos de bons momentos e perceba que a pessoa que se foi pôde usufruir das coisas boas da vida, ela viajou, aproveitou, viveu intensamente e cumpriu sua missão.
Profissionais de saúde confirmam que boas lembranças melhoram a saúde mental e aceleram o processo de luto. Então, apesar de parecer difícil rever alguns momentos, geralmente isso faz mais bem do que mal. É válido experimentar.
Por isso, é sempre importante construir boas memórias com nossos entes queridos enquanto podemos e sempre que possível registrar esses momentos em fotos, vídeos ou até mesmo escrevendo em um diário.
Viva o luto

Já dissemos que não se deve fugir desse processo, mas voltamos a frisar que isso é importante para conseguir seguir em frente. É necessário viver o processo do luto e passar pelos cinco estágios que Elisabeth Kübler-Ross, estudiosa sobre o tema, apresentou: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação.
Entretanto, para chegar ao último estágio e finalmente aceitar e continuar a vida é importante vivenciar cada uma das etapas também. Por isso, frisamos: não fuja do processo.
Vivenciar o luto, apesar de ser um momento de dor intensa, nos faz reorganizar nossa própria vida e nos prepara para outros momentos que também são desafiadores. Em outras palavras, quando isso passar, você estará ainda mais forte.
Desta forma, você compreende melhor que existe dentro de você uma força interior que consegue lidar com diferentes emoções, superando muitas coisas que você acreditou que jamais conseguiria. Dali em diante, sua autoconfiança será maior.
Gradualmente, passando pelas fases do luto, você conseguirá aceitar a situação, ainda conseguirá ajudar outras pessoas a passar pelo mesmo e sairá ainda mais forte. Por isso, é importante vivenciar o processo completo.
Já dizia Buda: “Em nossas vidas, a mudança é inevitável. A perda é inevitável. A felicidade reside na nossa adaptabilidade em sobreviver a tudo de ruim.
Compartilhe a dor

Apesar do luto ser um processo subjetivo e individual, não quer dizer que você precise viver isso sozinho. É importante que procure compartilhar sua dor.
Não tente se afastar neste momento das pessoas que você gosta por conta de sua tristeza. Não se isole neste momento. Compartilhar a dor é muito mais que dividir, é se expor, e isso pode ser difícil, mas lembre-se que somente o que é exposto pode ser curado.
Não esconda seus sentimentos neste momento, isso fará mal a si mesmo.
Ao compartilhar sua dor, você poderá encontrar pessoas que já passaram pelo mesmo que você, que poderão compreender a dimensão do que você está passando e poderão te ajudar a amenizá-la.
Busque ajuda psicológica

É importante frisar que, apesar de ter que se viver este processo, é preciso ficar atento quando a tristeza, a angústia e a dor são maiores do que o esperado.
Quando esse processo está colocando a vida ou a saúde do enlutado em risco, ou quando há indícios de do desenvolvimento de uma doença ou transtornos é importante procurar uma ajuda psicológica profissional.
Assim, se o enlutado fica por muito tempo só em casa, não come e passa muitos dias sem vontade de viver é recomendado procurar um psicólogo que ajudará a identificar se este processo tornou-se uma doença mais grave.
Quando já passou muito tempo e a mesmo assim o enlutado parece não ter superado e ainda sente demais a falta da pessoa que se foi, chamamos de “luto complicado”, que é quando a pessoa deixa até mesmo de trabalhar porque não consegue esquecer da pessoa que morreu.
Por que é importante contar com um Plano Funeral Familiar?
Como vimos, o luto já é um processo bastante delicado e pensar nas finanças e na burocracia de um velório e sepultamento pode tornar esse momento ainda mais complicado.
Por isso é importante, neste momento, contar um com plano funeral familiar, assim, a família enlutada ficará um pouco mais tranquila, já que não precisa pensar em todas as exigências do momento.
Existem diversas modalidades de planos e cada um contempla as necessidades de cada família. Em geral, o plano cobre as despesas bem como toda documentação envolvida no processo.
Além disso, possibilita assistência com o transporte do corpo, providencia o caixão ou até mesmo a urna para cremação, espaço e organização do velório, tanatopraxia, preparação do corpo, coroa de flores, entre outros.
De fato, ter um plano familiar auxilia demais a vivência deste processo tão difícil, minimizando todas as preocupações com este processo. Ademais, todos os membros da família podem ser incluídos no plano funerário familiar.
Se a sua família não tem nenhum plano, é recomendado contratar um, para que tornar esse momento mais leve.
Conclusão
Como vimos, enfrentar a dor da perda é inevitável, todos passarão por isso em algum momento. Essa é uma experiência universal, mesmo assim, o sentimento da dor é individual.
Entretanto, existem alternativas para acelerar esse processo e amenizar a dor de perder quem tanto amamos.
Um plano de assistência familiar auxilia no momento de luto por isso é essencial escolher um para sua família. Acesse nosso site e conheça nossos planos, estamos prontos para te auxiliar neste momento de dificuldade.